sexta-feira, 22 de agosto de 2008

A Fé: a moeda única de troca com Deus

Quando pedimos algo a Deus, Ele não nos atende por causa do nosso choro, das nossas necessidades ou por nossas dores, mas conforme a nossa FÉ, pois esta é a única moeda de troca com Deus. Quem crê, recebe! Quem não crê, não recebe!
Quando procuramos um relacionamento com Deus, obras de caridade ou vida religiosa não devem ser colocadas em questão, pois é necessário que aquele que se aproxima de dEle creia que Ele existe e que Se torna galardoador dos que O buscam. (Hebreus 11.6)
Deus agrada-se, principalmente, das atitudes de FÉ e, desse modo, o homem prova ser dependente do Senhor, além de manifestar obediência absoluta à Sua Palavra. Muitos, porém, pensam que, devido à excessiva religiosidade, aos atos de bondade e de caridade praticados, chamarão naturalmente a atenção de Deus, atraindo para si alguma forma de recompensa divina.
Mas não é assim! Por essa razão, há homens que gemem no mundo, mesmo crendo em Deus.
Eles esquecem-se de que o pecado, a atitude mais vil diante do Senhor, só é perdoado por meio da FÉ, então, quanto mais para alcançar os benefícios dEle! Logo, é preciso bem mais do que acreditar, é necessário ter FÉ!
O que é mais fácil conquistar? A vida eterna ou as promessas materiais? Quem não tem FÉ para conquistar nem as promessas materiais, como fará para conquistar as promessas espirituais?
Como exemplos de FÉ, o Senhor Jesus lembra-nos da grande fome em Israel no tempo do profeta Elias. Naquela ocasião, o profeta foi enviado, apenas, a uma viúva de Sarepta, a nenhuma outra mais. Já no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel, mas apenas Naamã foi curado. (Lucas 4.25-27). Por quê? Porque, em ambos os casos, houve a manifestação plena da FÉ!
Assim, cada um tem a chance de seguir o caminho da FÉ ou o da descrença. Quando escolhemos o primeiro, é preciso estarmos dispostos a sacrificar, pois a prática da FÉ exige sacrifícios constantes.
Não se esqueça, o sacrifício é a menor distância entre o querer e o realizar! Ninguém, em sã consciência, é capaz de sacrificar se não for movido por uma força interior maior, a FÉ. Deus foi o primeiro a sacrificar, mostrando, assim, o segredo da conquista.
A maioria dos crentes, entretanto, não crê na necessidade de sacrifícios porque se apóia no sacrifício do Senhor Jesus. De fato, o sacrifício de Jesus é suficiente para a salvação dos que crêem. Mas, também os que crêem, têm de sacrificar, conforme Ele mesmo disse várias vezes aos apóstolos:
“Quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por Minha causa achá-la-á” (Mateus 10.38,39).“Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á” (Mateus 16.24,25).
“Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de Mim e do evangelho salvá-la-á” (Marcos 8.35).
“Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; quem perder a vida por Minha causa, esse a salvará” (Lucas 9.24).
“Quem quiser preservar a sua vida, perdê-la-á; e quem a perder de fato a salvará” (Lucas 17.33).

O que observamos aqui é que, pela importância da mensagem, o Senhor Jesus repetiu a mesma coisa em momentos diferentes. Mateus e Lucas registraram duas vezes, enquanto Marcos, uma vez. E o que significa “tomar a cruz e segui-Lo”? E perder a vida pela causa do Senhor Jesus? Tomar a cruz e segui-Lo são exemplos claros da ação da Fé por meio do sacrifício de si próprio, enquanto perder a vida pela causa do Senhor, trata da renúncia das ofertas do mundo em função de uma vida dedicada à comunhão com Deus.

A Verdadeira Fé (2)

Tenho me inquietado com as seguintes perguntas: Como é possível tantas pessoas dizerem que crêem no Senhor Jesus, bem como na Sua Santa Palavra viverem como se Ele nem existisse? E por que a Sua Igreja tem sido tão fracassada diante dos desafios que o mundo lhe impõe?
Buscando respostas e avaliando a fé de inúmeras pessoas que têm vindo até nós, chegamos à seguinte conclusão: - a fé das pessoas fracassadas tem sido separada da inteligência que dá suporte à fé qualitativa.
A Bíblia nos revela que a vida de uma pessoa depende de sua fé. Nós podemos concluir que a qualidade de vida dessa pessoa também depende da qualidade de sua fé.
Quando o Senhor Jesus viu a fé do centurião, admirou-se e disse aos que O seguiam: ...nem mesmo em Israel achei fé como esta.(Mateus 8.10). Ele conhecia muito bem a tradicional fé judaica professada em todo o Israel, mas somente achou fé de qualidade num estrangeiro, um oficial romano. A fé cultivada em Israel estava deteriorada pelos ritos e costumes religiosos tradicionais descompromissados com a fé original de Abraão, Isaque e Israel.

Havia uma religião, mas faltava a comunhão com Deus. O que faltava de sinceridade, sobrava de hipocrisia por parte das autoridades eclesiásticas. Era esse o quadro espiritual em Israel e que não difere em nada do apresentado nos dias atuais.
Ao se deparar com a fé daquele estrangeiro, nosso Senhor não estava Se referindo ao tamanho de sua fé, mas à sua qualidade.
Essa qualidade se fez notória pela colocação inteligente que expressava o sentimento de certeza.
Ele havia dito: ...Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem.(Mateus 8.8,9).
Ele creu na palavra do Senhor Jesus porque reconhecia a Sua autoridade. Aí está a sua inteligência unida com a fé.A fé tem tudo a ver com a inteligência, a partir do momento em que ela é consciente. O apóstolo Paulo confessou: ...sei em quem tenho crido... (2 Timóteo 1.12).
Sua fé não estava alicerçada na fé alheia, nem, muito menos, no testemunho de alguém. Não! Ele estava convicto de sua crença. Ele conhecia bem em Quem havia apoiado toda a sua vida.
A fé qualitativa suscita o inconformismo para com a derrota. A exemplo disso, nós temos Abraão, Jacó, Moisés, Josué, Gideão, Jefté, Davi e tantos outros que apresentaram uma revolta diante dos sintomas de derrota. A qualidade da certeza que havia neles, obrigava-os a rejeitar a derrota face à crença num Deus Todo-Poderoso. Ao contrário da fé consciente, existe a fé cega que jamais pode trazer qualquer benefício. Inclusive é a fé cega a responsável pela escravidão das religiões.
Gideão se mostrou revoltado diante do anjo do Senhor, porque a sua inteligência não aceitava ver seu povo crendo num Deus vivo e, ao mesmo tempo, sofrendo nas mãos de seus inimigos. Sua revolta apontava sua força e, com ela, salvou Israel. O sentimento de revolta, apresentado por Gideão diante de Deus, mostrou a sua força, sendo a razão pela qual ele foi o escolhido para livrar Israel das mãos dos seus inimigos. Na sua revolta, havia dois elementos principais: a fé e a inteligência. Enquanto sua fé lhe dava a certeza de que Deus era com ele, a sua inteligência não se conformava com aquela situação de miséria.
Creio que Deus tem buscado pessoas de fé qualitativa para que Ele possa realmente ser glorificado neste mundo, não com palavras vazias, mas no testemunho de caráter verdadeiramente cristão.

A verdadeira fé

Enquanto a fé emotiva obedece cegamente à voz do coração, segue os impulsos dos sentimentos, a fé consciente – a fé que remove montanhas, a fé que traz à existência coisas que não existem (Romanos 4.17), a fé que faz nascer em nós o sonho realizável (Filipenses 2.13), e que torna possível o impossível (Marcos 9.23) trata da obediência e da prática da Palavra de Deus.

Mas essa prática exige sacrifício! Literalmente, isso quer dizer a renúncia dos impulsos do coração (Lucas 9.23).

Qual a razão de Deus exigir sacrifícios? Porque é algo 100% espiritual, diz respeito ao espírito. É chamado de sacrifício porque nega o prazer à alma e ao corpo e concentra todas as energias no espírito. O sacrifício é a principal característica da fé consciente.

Já a fé baseada em sentimentos é radicalmente contrária ao sacrifício. Eis aí a razão de a maioria dos que crêem em Deus não ver a materialização das promessas Divinas, pois usam uma fé que depende dos sentimentos do coração.

Essas pessoas querem ver para crer… Enquanto as que praticam a fé consciente têm a plena certeza de que Deus fará exatamente aquilo que prometeu. Quer dizer: não dependem de sentimentos, mas do que está escrito na Palavra.

Por isso, o Senhor Jesus disse:
Conhecereis a verdade e ela vos libertará”.
Conhecimento aqui se refere ao que Deus determinou, e a verdade, às Suas Promessas.
Os heróis da fé conquistaram suas vitórias pelos sacrifícios. Esse é o caminho trilhado pelo Próprio Deus para salvar os que nEle crêem.
Ele é o Criador do sacrifício que deve ser realizado segundo as Escrituras Sagradas, pois diz respeito ao relacionamento entre o espírito do homem e o Espírito de Deus. É sacrifício para a alma, não para o espírito!
O jejum, por exemplo, é um sacrifício para o corpo e para a alma, mas não para o espírito. O espírito é fortalecido quando há o jejum porque todas as energias do corpo e da alma são direcionadas ao espírito. À medida que a alma e o corpo são esvaziados, o espírito se fortalece.
O mesmo se dá em relação à oferta de sacrifício. Quando a pessoa faz oferta de sacrifício, ela esvazia-se de todos os seus recursos para confiar nas promessas de Deus, a exemplo da viúva pobre.
O espírito que leva a pessoa a sacrificar é o mesmo que a conduz a lutar e a transpor as barreiras das dificuldades para realizar o seu sonho.
O sacrifício contraria totalmente aos anseios e às ambições da alma, biblicamente é tipificado pelo coração e pela carne (Lucas 12.17-20; Rm. 8.13; I Cor. 2.14; Gálatas 5.17).
Quando satisfazemos a carne (alma ou coração), entristecemos o espírito. Mas, para alegrarmos o espírito, temos de sujeitar a carne, sacrificando-a.
É claro que o sacrifício ofende a alma, fere o coração e sujeita a carne…
Por isso o Senhor Jesus disse: Quem quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me (Lucas 9.23).
Tomar a cruz significa sacrificar a alma, o coração, a carne e o próprio eu. Na mesma proporção que o sacrifício é um prazer para o espírito, é um desprazer para a alma porque ele trata do espírito da fé (2 Cor.4.13).

A diferença entre a sorte e a fé

O ensino do sábio é fonte de vida, para que se evitem os laços da morte.”
(Provérbios 13.14).

O pai deve aconselhar seu filho a respeito do caminho a seguir pois o filho que não ouve esses conselhos, ao se deparar com um abismo, acabará caindo.

A intenção dos pais é justamente livrá-lo do mal. É exatamente o que Deus faz através da Sua Palavra.

Mas existe aquele que, em vez de contar com Deus para mudar sua vida, conta com a sorte. Ele aposta em jogos de azar, corrida de cavalos, cassinos, etc., por acreditar que, através da sorte, alcançará o seu intento. Porém, ele precisa saber que da mesma forma que existe a sorte também há o azar. Ambos vêm da mesma fonte, e caminham lado a lado. Eu não conheço nenhum apostador abençoado, pelo contrário, os proprietários desses estabelecimentos de jogatina é que são beneficiados, mas quem joga, não! Saiba, amigo leitor, que todo apostador perde mais do que ganha e quando a pessoa chega a ganhar algo é porque já perdeu quase tudo que tinha. O ser humano deve usar suas conquistas para beneficiar o corpo físico, dando ouvidos à Palavra de Deus.

Deus nos aconselha a andar pela fé. Certo dia, um senhor veio feliz da vida conversar comigo e disse: “Bispo, ganhei muito dinheiro...” Então, sem saber da origem da ‘bênção’, lhe respondi: “Que coisa gloriosa, Deus é bom.” Ele novamente falou: “Pois é, bispo, eu vinha tendo azar há muito tempo, mas finalmente tive o meu dia de sorte”. Essa resposta me chamou a atenção e perguntei: “Mas como o senhor conquistou esse dinheiro?” Ele respondeu: “Ganhei em apostas no cassino”. Na mesma hora eu tive compaixão daquele homem! Mais tarde ele acabou perdendo tudo e desapareceu, envergonhado.

Portanto, amigo leitor, quem tem fé na sorte e conta com ela, não vinga e perde tudo! Mas aquele que usa a inteligência e tem fé na Palavra de Deus, não só conquista como estabelece aquilo que alcançou. O cristão não conta com a sorte e, sim, com a fé racional e o ensino de Deus, que é fonte de vida. Se fizermos o que a Palavra de Deus nos ensina, com certeza teremos sucesso e ninguém poderá roubá-lo. Nem o diabo impedirá a nossa conquista porque está escrito, determinado e selado pelo próprio Deus. Quando ouvimos a Sua Palavra e a colocamos em prática é certa a nossa vitória. Do contrário, a perda é total.

A boa inteligência consegue favor, mas o caminho dos pérfidos é intransitável. Todo prudente procede com conhecimento, mas o insensato espraia a sua loucura. O mau mensageiro se precipita no mal, mas o embaixador fiel é medicina.” (Provérbios 13.15-16).